Dentre as diversas formas terapêuticas as quais uma criança autista necessita, a intervenção psicopedagógica é extremamente importante para o desenvolvimento intelectual dos “anjos azuis”.
O desconhecimento acerca da atuação do Psicopedagogo por parte
dos pais e professores, impede a oportunidade de otimizar a aprendizagem,
através do estímulo, descoberta de potencialidades, reabilitação cognitiva,
socialização, treino comportamental através do lúdico, o que garante um avanço
extraordinário no desenvolvimento do aprendizado e, consequentemente, no
rendimento escolar.
O Psicopedagogo, além de investigar, detectar e intervir nas
causas que estão levando ao fracasso escolar e os fatores que limitam o
aprendizado, atua na orientação dos familiares quanto as suas posturas e também
os profissionais envolvidos diretamente com esse aluno autista.
O Psicopedagogo, precisa, além do seu conhecimento teórico -
prático, ter a sensibilidade em compreender que uma criança autista aprende,
mas também ensina, pois toda a bagagem que ele carrega consigo deve ser
considerada. Através desse conhecimento, respeitando suas limitações, é
possível aprender e ensinar. Cabe ao Psicopedagogo intermediar o relacionamento
entre ensinante e aprendente na construção de um vínculo prazeroso e saudável.
A criança autista tem aversão a ambientes agitados e
desorganizados, então, é importante trabalhar o tom de voz. A fala deve ser
serena, explícita e pausada. Seus interesses restritos são ferramentas
preciosas para o psicopedagogo trazer à sessão a atenção da criança e
possibilitar a socialização e o aprendizado.
É de vital importância tratá-lo pelo nome e comunicar de forma
simples a atividade proposta e antes de propor, o psicopedagogo deve
executá-la.
O jogo é o melhor e mais completo instrumento a ser utilizado,
resgatando e preparando para aprendizagem, visto que ele abrange os três
estilos de aprendizagem; visual, auditivo e sinestésico, desenvolvendo, assim,
a cognição, competências fundamentais para o futuro.
Dessa forma, contribuirão para melhor desempenho do autista e
para integração das várias dimensões do seu conhecimento afetivo, motor,
cognitivo e social.
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