Embora
o Sistema Nervoso apresente diversos tipos de divisões, sejam as morfológicas
ou funcionais, todas as estruturas e componentes neurológicos trabalham de
forma harmônica, pois a integração garante a manutenção e a estabilidade das
suas funções, tendo em vista que um dos
critérios de divisão funcional do SN é justamente a relacional, ou seja, o
organismo se relaciona com o meio ambiente. Se resgatarmos a origem do SN, os
primeiros neurônios surgiram na superfície externa dos organismos, assim como
tomando como referência os três folhetos embrionários, é o ectoderma que está
em contato com o meio e na embriogênese é do espessamento desse folheto que nasce
o indício da formação do SN por volta da terceira semana de gestação.
Graças
a incrível capacidade de plasticidade cerebral, o cérebro pode sofrer diversos
tipos de alterações e adaptações a cada vez que ele é estimulado, modificando
–se anatomicamente. O cérebro armazena fatos de forma separada, mas a
aprendizagem acontece quando, através das sinapses, ele realiza associações em
decorrência de novos estímulos e o papel não só dos psicopedagogos, mas dos
educadores em geral é saber proporcionar estímulos adequados a cada fase do
desenvolvimento do sujeito tendo como objetivo a construção do aprendizado.
É
bem verdade que a aprendizagem está diretamente ligada aos processos emotivos e
que a memorização é deveras importante para que o aprendizado se concretize. É
possível constatar essa afirmação quando paramos para pensar em situações já
vivenciadas por nós, como uma festa de aniversário surpresa, a perda de um ente
querido, aquela nota dez em matemática. Todas tiveram o fator emocional como a
alavanca pra que essa experiência ficasse “tatuada” no cérebro. Isso acontece
porque ocorre ativação do sistema límbico através de neurotransmissores que
aceleram os circuitos cerebrais, facilitam o armazenamento das informações , bem como o resgate das que estão
guardadas. Embora nem todo aprendizado seja facilitado pela emoção, há uma
outra forma de memorizar estímulos não muito agradáveis e tediosos, através da
repetição.
Sendo
assim, a aprendizagem para ser significativa e atender as exigências
neurológicas que garantem uma boa memorização, deve contar com um plano de aula
diferenciado que estimule o aluno a interação constante com o objeto do
conhecimento, além da habilidade do educador em discernir o canal de
aprendizado que gera maior facilidade de compreensão em cada um de seus alunos,
levando em consideração as diferenças biológicas, sociais e psicológicas e o
tempo de maturação neurológica individual.
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